A Afeigraf luta pelos direitos dos profissionais do ramo gráfico há 10 anos. Além de vitórias neste setor, há ainda conquistas com os projetos sociais apoiados pela instituição. Um deles é o Ler é 10.

Durante a ExpoPrint Latin America 2014, Otávio Junior, idealizador do Projeto Ler é 10, conversou com o presidente da Afeigraf Dieter Brandt para falar sobre as novas realizações do projeto social, que incentiva crianças de comunidades carentes a adquirirem o gosto pela leitura.

 

Para Otávio Junior, o apoio da Afeigraf é fundamental para que o Ler é 10 possa conquistar novos espaços e usar das múltiplas linguagens: “Desde que tivemos o apoio da Afeigraf, conseguimos aumentar muito o nosso projeto, levando a leitura para mais crianças. O suporte nos permite produzir atividades sociais e levar as crianças para ambientes culturais. O objetivo disso é ir além do estímulo da leitura. É levar as crianças no contato com a indústria do livro, ampliando assim sua percepção, com idas a livrarias, bibliotecas, peças de teatro baseadas em livros e mais”.

A novidade no projeto é o lançamento de dois livros escritos por Otávio: “O Garoto da Camisa Vermelha” “O Chefão Lá do Morro”. “Percebi que as crianças não se viam nos livros que liam. Escrevi então estórias ambientadas nas favelas, a convivência deles, tudo o que eu vejo no projeto e o que eu passei em minha infância”.

Otávio coloca no papel as brincadeiras infantis. Os livros contêm perguntas, trava-língua, tudo para aguçar a curiosidade infantil. A “gameficação” é uma ideia levada por Otávio. “A ideia é inovar na promoção da leitura, com jogos educacionais e com a ideia de manuseio. Não estou falando aqui de jogos digitais, falo de jogos manuais mesmo. Usamos jogos de carta, tabuleiros, o que leva a uma interessante interação. Os livros são interativos, com jogos e brincadeiras. É o estímulo à percepção, à imaginação para crianças de 6 a 14 anos. Estou sempre em contato com as crianças, o que ajuda a entender suas demandas”.

O idealizador do Ler é 10 encerrou falando do que viveu nas visitas às grandes feiras do livro, como Bologna e Frankfurt. “Esse apoio da Afeigraf para que eu possa conhecer estas feiras e ter novas ideias é muito importante. Fiz muitos contatos com autores internacionais, e isso reflete em reconhecimento do projeto mundo afora”.