Diferente de parte dos convertedores, a Centralpack, localizada em Toledo, no Paraná, tem um portfólio amplo, que vai do cartucho às fitas de alumínio para blísteres, passando pelos frascos, aplicadores e rótulos autoadesivos. Com os equipamentos Heidelberg que chegam no início de 2021, a empresa quer disponibilizar toda essa estrutura ao mercado.

Estruturada para responder às necessidades do grupo farmacêutico Prati-Donaduzzi, a Centralpack se prepara agora para dar um salto. O projeto é ousado, como afirma Gimenes Silva, diretor geral. Hoje, 70% do faturamento vem dos produtos fornecidos para o grupo, e a meta, em três anos, é elevar para 50% a participação dos clientes externos sem perder o market share nas demais empresas do grupo. Para tanto, a Centralpack está fortalecendo ainda mais sua parceria com a Heidelberg com a aquisição da terceira impressora offset plana da marca, uma Speedmaster CX 102-7+L, a primeira da nova geração de equipamentos da fabricante alemã a ser instalada no Brasil.

A máquina, configurada para atender às demandas dos mercados farmacêutico, alimentício, de higiene e limpeza e cuidados pessoais, chega em janeiro de 2021 equipada com o workflow Prinect Production Commercial. Para alimentar a nova impressora, foi adquirido o CTP Supresetter A106 com alimentação automática de chapas.

De acordo com Gimenes, pesou na escolha a facilidade de integração da impressora com o maquinário instalado. “Um fator bastante positivo é que com a aquisição da CX 102 com Prinect Image Control podemos fazer a conexão com as máquinas que temos em casa, aumentando a qualidade no material que já produzimos.” A nova impressora representa o primeiro passo da Centralpack no sentido da produção autônoma.

Operando de forma inteligente por meio do Prinect Press Center XL 3, a Speedmaster CX 102 processa os trabalhos de forma autônoma, identificando e avisando o operador sobre etapas seguintes que vão requerer intervenção na máquina. Isso para garantir uma produção sem interrupções. Para conseguir essa precisão, a Heidelberg lança mão de dois conceitos, a produção autônoma embarcada nos recursos do “Heidelberg Push to Stop”, e a operação inteligente do “Heidelberg User Experience”. E o software que gerencia todo esse conjunto de ferramentas é o Intellirun, viabilizando não só a otimização dos processos de produção quanto a geração de protocolos com informações como a quantidade de folhas necessárias para acerto e tempo de lavagem.

Atualmente, a Centralpack tem capacidade para converter 4.000 toneladas de cartão por ano. Somada à impressão offset para bulas, esse número sobe para 7.500 toneladas/ano. O parque fabril, com 12.000 m², conta ainda com a transformação plástica (injeção e sopro) para produção de frascos e flexografia para impressão de fitas de alumínio e confecção de etiquetas autoadesivas.

A expectativa para 2021 é bastante positiva. Adotando todos os protocolos de segurança em função da pandemia, a Centralpack não parou e deve fechar este ano com crescimento de 30% em relação a 2019.