A Indústria 4.0 é um tópico altamente discutido nos dias atuais, sendo essencial que toda empresa de impressão entenda os benefícios que este conceito oferece e seus desafios para alcançar processos mais automatizados e integrados.

No Congresso Internacional de Tecnologia Gráfica, o professor Jorge Maldonado vai destrinchar este tópico na palestra “A Indústria Gráfica 4.0: uma visão atual do caso brasileiro”. O evento online acontece nos dias 23, 24 e 25 de novembro e oferecerá ao congressista uma visão completa da indústria atual.

Faça a sua inscrição aqui: https://congressotecnologiagrafica.com.br/

Maldonado vai mostrar quais caminhos o empresário precisa seguir para tornar a sua gráfica mais inteligente. Confira a entrevista exclusiva que fizemos para que você possa entender mais sobre este novo conceito:

Quais os principais benefícios da Indústria 4.0 às empresas de impressão?

A Indústria 4.0 é um sinônimo de “integração”, seja em forma vertical ou internamente na organização, ou horizontalmente ou no exterior dela. Isto beneficia a troca de informações entre todos os agentes envolvidos. Em forma horizontal com fornecedores de insumos, matéria-prima para a indústria gráfica, especialistas como designers ou desenvolvedores de novos produtos, sistemas de distribuição, bancos e principalmente “clientes”, onde eles podem ter uma maior participação e seguimento na elaboração de seu produto, desde a concepção dele até a distribuição.

Em forma vertical, na integração eficiente dos processos, provocando a diminuição de desperdícios e do lead time, dos produtos assim como também no gerenciamento de energia elétrica, gás e utilidades do processo gráfico como água, ar comprimido e outros. É dizer: a Indústria 4.0 está em plena harmonia com o desenvolvimento sustentável.

Os pilares da Indústria 4.0 permitem o desenvolvimento de soluções para melhoria nos processos como a Internet Industrial das Coisas e o Big Data, onde sensores podem monitorar dados constantemente, solucionando defeitos ou aperfeiçoando os processos. Também as facilidades que os pilares ou tecnologias facilitadoras como a Simulação, Realidade Aumentada ou Manufatura Aditiva, que permitem a formação de verdadeiros grupos de pesquisa e desenvolvimento em pequenas ou médias empresas, simulando e testando novos processos ou produtos antes de sua implementação real.

A indústria brasileira está pronta para a Indústria 4.0?

Definitivamente, é muito importante mencionar que quando uma organização tem como objetivo a implementação da Indústria 4.0, não necessariamente precisa de imediatos investimentos em tecnologia. Estágios prévios precisam ser cumpridos como o que pessoalmente defino como “a limpeza da cadeia da produção”, que é simplesmente aplicar métodos para que ela seja mais eficiente, como a eliminação de desperdícios assim como do lead time, e também ferramentas que permitam a resolução de defeitos e a manutenção dos índices de produtividade.

Só quando a organização está nesta condição pode iniciar o processo de implantação de alguns dos pilares da Indústria 4.0 o que pode ser realizado modularmente e de acordo à necessidade de cada organização. Por tudo isto confirmo que a indústria gráfica brasileira está pronta para a indústria gráfica 4.0 onde o primeiro passo é se propor a implantação como objetivo.

Quais os principais passos que o empresário precisa dar para se adaptar a essa realidade?

Em primeiro lugar se propor à implantação, em segundo se informar sobre as principais caraterísticas desta quarta revolução industrial. Existe muita informação à disposição nas mídias digitais ou na literatura. Pessoalmente recomendo meu livro “A Industria Gráfica 4.0. Uma abordagem Histórica, Tecnológica e Econômica” que pode ser baixado gratuitamente no link: www.apseventos.com.br/livro-maldonado.

Já tendo os conhecimentos sobre o que é a indústria 4.0, agora é importante verificar se seu processo já está “limpo”, se está em condição de realizar os primeiros estudos para a implantação de alguns dos pilares ou tecnologias habilitadoras.

A recomendação é recorrer a consultorias especializadas, que explorem quais são as áreas onde a implantação de tecnologia vai ter retorno à organização e aos clientes, mas “sempre” realizando análises de viabilidade econômica que permitam uma decisão de investimentos com base a sólidos argumentos financeiros.