Encontrar o equilíbrio perfeito entre diferentes tecnologias não é uma missão fácil para as empresas de impressão. Ter seu break-even bem definido ajuda no atendimento aos clientes com qualidade e, o principal, com lucratividade.

A VR Label encontrou este caminho e vem integrando com perfeição a conversão flexográfica banda estreita e a impressão digital de rótulos e etiquetas. Para entender melhor suas estratégias, conversamos com Viomar Rodrigues, CEO da VR Label.

Viomar conta que atua no segmento desde 1989, quando chegou a Goiânia (GO) com o sonho de empreender. Ele começou a trabalhar em uma gráfica e se apaixonou pela área. Chegou a ocupar o cargo de diretor de uma gráfica da região por muito tempo, totalizando 18 anos de atuação até decidir sair e ser empresário em outro ramo.

Tempos depois, a saudade da área de impressão surgiu e, em 18 de junho de 2011, criou a VR Label. Viomar começou sua trajetória com 3 funcionários (que estão com ele até hoje) e atualmente são mais de 100 colaboradores.

 

Forte aparato tecnológico

A VR Label entendeu desde o início que para competir no mercado precisaria de soluções de alta qualidade. Tudo começou com uma impressora flexográfica tambor central e, aos poucos, foi evoluindo.

O forte investimento em tecnologia é visto hoje nas quatro impressoras banda estreita da Nilpeter, em diferentes larguras - duas delas recém-adquiridas para transformar a produção de rótulos. Porém, o diferencial da VR Label está na impressão digital com a HP Indigo 6900 com largura 330mm, e a HP Indigo 25K com largura 760mm, além de acabamentos em silk, que acaba sendo uma outra forma de impressão.

 

As pequenas tiragens de impressão

"Sempre gostei de pedidos pequenos. O pedido pequeno dá mais trabalho porque você lida com uma maior quantidade de ordens. Eu não estou preocupado com o tamanho do faturamento, e sim do quanto este faturamento vai resultar em lucratividade. Em 2016, fui o primeiro a comprar uma impressora digital de grande porte para rótulos na região", destaca o executivo.

Atualmente, quando analisado o número de SKUs, a VR Label atende 70% na digital e cerca de 30% na flexografia. É evidente que, por conta das tiragens maiores, ao olhar a produção, o faturamento se equilibra entre 55% flexo e 45% digital.

Viomar reforça: "A flexografia também roda pedidos menores, mas há mais custos envolvidos. Com o digital, posso atender pedidos menores, como uma tiragem de 500 rótulos, tudo com alta lucratividade".

 

Pouch

Aliás, há um mercado que vem aparecendo mais na gôndola e a VR Label já está atuando: o pouch. "Começamos a investir bastante neste negócio e temos a capacidade de aumentar em 40% nossa produção ano que vem com nossos investimentos recentes em flexografia. É um mercado promissor e muito inexplorado no Brasil".

No caso do pouch, as altas quantidades são produzidas em banda larga pelas convertedoras, mas há um universo interessante nas menores tiragens. Viomar explica: "As tiragens de mil a três mil unidades quase ninguém faz. Hoje a parte de proteína está indo muito para o pouch, porque reduz muito o custo - pote, tampa e rótulo tornam-se o pouch. E a logística é mais barata, cabe muito mais unidade em uma caixa".

Viomar foi aos Estados Unidos para estudar sobre esta tendência, visitando uma série de empresas, algumas que produzem apenas o pouch. "Fui conhecer e investimos exatamente igual ao que os americanos estão fazendo com seus produtos. Adquirimos uma Karlville, parceira de acabamento da HP Indigo para a pós-impressão das embalagens flexíveis digitais".

 

Mercados

Há diversos mercados que vêm pedindo por rótulos em menores tiragens, incluindo os tradicionais clientes da flexografia banda estreita: "Temos um range de clientes diversificado, inclusive os que atendemos nas maiores tiragens. Eles pedem um pedido pequeno para rodar na digital e testar o produto. Após o lançamento de sucesso, percebe que não compensa rodar a nova (e maior) tiragem na digital e passa a rodar na banda estreita, com a mesma qualidade e a mesma cor".

Uma área citada por Viomar Rodrigues de forte crescimento é o de nutracêuticos. "Rótulos para potes de whey protein, creatina, vitamina e outros itens rodam praticamente todos em digital, pois são empresas menores com tiragens mais reduzidas, de mil a 3 mil unidades. Foi um setor que cresceu muito, especialmente no pós-pandemia. E a área de produtos naturais também vem surpreendendo".

Para conseguir isso, a VR Label investiu: "Investimos bastante em pré-impressão, máquina de prova, simulando tudo antes de ir para a clicheria. Temos as máquinas todas equalizadas, fazemos o perfil com simulação, então quando vai para a clicheria temos 99% do que sairá na flexo da mesma forma que o digital. No início, tivemos problemas, com a cor não batendo. Após os investimentos, todos nossos impressos estão com as cores perfeitas".

 

Sustentabilidade

A VR Label possui um trabalho contínuo para ser uma empresa de energia limpa: "Como temos boa parte da produção na impressão digital, temos uma tecnologia muito limpa, praticamente sem desperdício. Sempre trabalhamos para diminuir os desperdícios, atuamos com o modelo 5S, colocamos esta consciência em todas as pessoas do time", conta o executivo.

 

Conquistas

O forte trabalho da VR Label gera frutos. Na edição mais recente do Prêmio Qualidade Flexo Professor Sergio Vay, a empresa faturou sete prêmios, incluindo o Top em Flexo, um dos mais importantes da noite.

"Coroou um trabalho que fizemos durante o ano, de uma equipe muito boa. Dedico o prêmio para toda a minha equipe, sempre preocupada em qualidade e em fazer algo realmente para ajudar o cliente a estar bem posicionado na gôndola".

Viomar Rodrigues encerra destacando o respeito que tem pelo time: "Sou muito grato a Deus por tudo que fez em minha vida. Sou uma pessoa muito grata, tudo que conquistei dedico a toda minha família, funcionários, clientes e fornecedores. Devo tudo a eles. Ninguém faz sucesso sozinho, sucesso é feito com pessoas. Por isso conseguimos chegar onde chegamos hoje".